terça-feira, 12 de março de 2013

Como...

O dia depois
foi como uma interrupção dos dias.
Mas, com o tempo,
os se tornaram prolongamentos daquele dia antes
do dia depois.
o olhar dirigido ao telefone,
a indecisão,
a demora pra dormir,
a pressa pra acordar...
As lembranças que vão se confundindo com a fantasia
até não restar lembrança nenhuma...
Não sei mais onde toquei,
não sei mais o que fiz,
não sei mais onde beijei,
nem o que disse
ou sussurrei.
Só parece que fiz tudo,
disse tudo
e beijei como não se beija com a boca da realidade.
Mas, a estas alturas,
o que importa a realidade mesmo?

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