segunda-feira, 4 de maio de 2009

Divã

Ontem fui assisitir ao filme Divã, com uma amiga...

E apesar de ser uma comédia, chorei bastante...Por que as situações me tocaram bastante.
É claro que estou numa situação emocional na qual eu choro até em ver um siri na praia, mas independente disso, o filme está muito bem feito e facilitou minha conexão com as situações passadas na tela.

Quando temos amigos antigos, muitas vezes o nosso maior desejo é que não precisemos de palavras para expressarmos nossos sentimentos para eles. Ora, acontece muitas vezes dos nossos amigos adivinharem o que se passa na nossa cabeça. Mas, não é sempre, infelizmente...
Às vezes, sorrimos e nossos amigos antigos acreditam no nosso sorriso, mas na verdade não queríamos sorrir, sorrimos apenas por causa do convencionalismo de estarmos alegres o tempo todo...e muitas vezes repetimos o convencionalismo com eles, até o ponto de terminarmos por não sermos mais sinceros uns com os outros...

Acontece exatamente isso comigo. Ando muito insincero nesses últimos dias. 
Ando sorrindo por convenção. 
Digo que estou bem quando me saúdam perguntando "Oi, tudo bem??". 
Quando me convidam para sair, saio mesmo sem vontade.
Digo que estou prestando atenção, quando na verdade estou perdido em pensamentos...
Estou em silêncio, mas querendo dizer um monte de coisas...

E os meus amigos estão acreditando em mim...Ou, pelo menos, não me dizem que não acreditam...

É engraçado. A partir de um filme...Mas é assim, quando estamos abertos, qualquer coisa pode ser um divã, uma pedra, um amigo, um filme, um bicho, um blog...

E quando estamos sozinhos, demasiados sozinhos, acostumamo-nos demais a estarmos sozinhos com nossos próprios pensamentos e emoções e quando acontece de estarmos em grupo, pensamos estar no controle da situação, mas acabamos por nos descontrolar e sacar a metralhadora giratória. 

E acho que eu estou sozinho, demasiado sozinho... 

Quando chegarei?


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